08 março 2015

Parafraseei cada uma das linhas que escrevi. Uma melancolia de repente apareceu dentro do meu peito. 《 Porque já não escreves tu ?》nem entendo se sabia o que escrevia nem percebo se sei o que vou escrever. Apenas escrevo... porque o tempo passou tão depressa que quase me esqueci de um pouco da minha essência... tenho saudades minhas. Tenho saudades do que eu me fazia sentir. Na verdade não sei do que tenho mais saudades. Já me deixas demasiado confusa, mas de mim tenho!
Recordo-me também das saudades que tenho de me sentir apaixonada... do poder da atracão física, do poder de um beijo sincero, de um amo-te genuíno e de poder sonhar acordada em qualquer lugar. 

Tenho saudades de me sentir nervosa, ansiosa ... tenho saudades de me lembrar apenas o que é estar dentro de um jogo de conquistas. Gostava de conseguir manter uma relação de concordância, de confiança e de felicidade... se calhar escolhi o pior caminho diante de todas as possibilidades. escolhi-te quando não eras a minha única escolha... devia de me ter apercebido que aquele arrependimento inicial se calhar era um aviso para não cair em mais uma armadilha. Quando dei por mim estava presa entre teias de uma força tal que não sei como me vou soltar. Não sei se é só amor ou o medo do que me aprisiona a ti e me faz sobreviver mais um pouco. Não sei se é apenas a ilusão que voltarás a dar tudo por tudo para me manter junta a ti que me faz ver uma réstia de esperança... O meu subconsciente continua a acreditar que ainda és a pessoa que conheci, mas o meu lado racional continua a teimar que nunca o foste. E quando digo que quero que voltes a ser quem eras, cada vez me apercebo mais que o que peço é apenas o retorno de uma ilusão criada por mim mesma: Tu nunca foste diferente, nunca foste melhor. A maneira que te via é que te tornava em algo que só eu conseguia ver. E eu acreditei todos os segundos da nossa vida conjunta que poderias ser para mim aquilo que sempre quis. Acreditei até já não poder acreditar mais... e já não posso. Chegou aquela altura em que já não posso dar mais, já não posso ser mais, já não posso aguentar mais... e se te amo ? não sei. Sei que amo quem "eras" sei que te amei, em cada segundo em que acreditei, incondicionalmente, mas não sei se quero dizer que te amo. Não agora em que tudo parece turvo, não agora em que tudo está praticamente perdido. Apesar de te amar, não o quero dizer. Tenho medo que ao falar volte a acreditar. Não quero mais perder-me e não quero ajudar-te para que te encontres. Só quero estar assim, sem me preocupar, sem sentir mais.

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