Descobri na tua presença a liberdade de ser criança. Eras segura. As chaves ficavam sempre na porta mesmo quando nos ausentava-mos e, quando voltava-mos, nada tinha desaparecido. «Mãe?! Vou brincar!» Anunciava eu saindo a correr pela porta, no meu jeito maria-rapaz, depois do almoço. Percorria todos os campos, subia até ao alto da serra e apanhava uvas maduras nas vinhas dos vizinhos. Chegava a casa por vezes cheia de arranhões ou picada de insectos.
-Estás toda arranhada Ana! Por onde andas-te?
-Fui passear às vinhas.
Dizia sempre com agrado onde tinha ido mas nunca contava o que na realidade tinha feito. Ninguém iria entender pois nunca iriam ver como eu via. No tempo que passava sozinha naquela localidade (maior parte dos dias), saía sempre à procura de sítios mais bonitos. Mesmo junto à nascente que dava para a velha fonte de água pura, naquele recanto escondido, encontrei aquele que chamo até hoje, o local perfeito. A perfeição talvez pudesse ter sido criada pela minha consciência inocente de criança mas ainda hoje guardo na memória cada pormenor daquele local. Coberto de vegetação verde que crescia nos locais correctos, alguma dela trepava as velhas pedras que formavam plataformas semelhantes a bancos. As árvores formavam uma sombra pacífica, onde muitas tardes eu ficava ali apenas deitada a ouvir os sons dos pássaros a cantar. Como ficavas perto de tudo velha casa. como ficavas perto do que me fazia sentir acompanhada quando mais estive sozinha. E agora vejo-te assim, abandonada e com falta de atenção. Um dia transformo-te e prometo que ficarás tão feliz, como quando eu te admirava.
Barracão velho |
eu adoro tanto ler o que ela escreve, ouvir o que ela tem para dizer, vinda de uma jovem rapariga, nao se vai imaginar o que se consegue ver realmente atraves do seu coração, um mundo, apesar da sua tenra idade quando escreve mostra a sua forma madura de ver o mundo e os problemas e torna-los em sonhos, para ela e para quem os le *.*. Dy
ResponderEliminarperfeito como sempre.
ResponderEliminar... don't stop please <3
Omg, Dy... Essa alcunha diz-me tanto...
ResponderEliminarSim é muito bom mesmo que os textos revelem tristeza.
é mesmo. E agora, agora eu tou decidida... espero que não venha, e me assombre outra vez.
ResponderEliminarPior do que isso... é magoar pessoas que tinham sentimentos bonitos e humanos por nós... por causa deles.
ResponderEliminarMas o Dy (alcunha dele) não me dava só conforto, dava-me tudo e eu feita ursa desperdicei o melhor da vida. Foi a quarta vez que saiu de mim, sei que não volta mas saiu e deu-me provas que me amava, a mim e ao resto. Eu, errei. Mas quis compensar mas nnc me deram espaco nem tempo pra isso, agora sei... é tarde demais pra fazer o que quer que seja. Ele não volta. Perdi-lha o rasto completamente.
ResponderEliminarPois, mas eu é a mais de um ano nesta cena. Pior foi mesmo nós termos um Mundo Lindo e do momento pro outro ele decide do tipo: Destruir. Pegou numa bomba atómica e desfez tudo... A partir dái, amamos em segredo, namoramos ambos os 2 dois mesmo sabendo o que sentiamos... Sim, passado muito esforco eu namorei com ele mas eis dos eis? Tive dois dias de namoro :) Nem a um mês chegamos, existi pra ele durante 2 dias, e depois Pufff *.*
ResponderEliminareu comeco a achar que vou mesmo é pra freira x)
ResponderEliminaros Homens dão trabalho, muito :C
ResponderEliminarNós damos tudo e ficamos muitas das vezes sem nada, e depois ainda precisamos de livro de reclamações :)
ResponderEliminarMas é mesmo -.-
ResponderEliminartão lindo (:
ResponderEliminarEstá lindo (:
ResponderEliminarHummm,a infância....bons velhos (e longínquos) tempos!!...Era tudo tão perfeito,tão mágico,tão mais feliz!!...
ResponderEliminarE depois vem o tempo e...estraga tudo!! :|
Mas,senhorita Ana...não consigo materializar a imagem de uma menina assim bonita,tão...feminina (na falta de uma melhor palavra)como tu,uma maria-rapaz?!?!?!?! :O
Nahhhh...ou eu li mal ou te enganaste a escrever!!Só pode... ;D
(,")
E foi assim que te conheci, desengoçada, alegre, esfusiante, já lá vão alguns anos, o tempo passa, mas a tua terra continua igual e desconhecida, talvez até para os próprios habitantes, assim como a minha temos o prazer de ver esta imensidão a tocar quase no céu. Cá te espero um dia, espero que seja breve :D. Beijos** PaD!
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